Um papo sobre limites

Hi, guys!

Faz um tempo que eu venho trabalhando em mim algo muito complexo e, cá entre nós, difícil: limites. 

Desde muito cedo aprendemos o quanto devemos nos empenhar para conquistarmos pequenas coisas na vida. Investimos finais de semanas inteiros fazendo trabalhos da escola e cursinhos pré-vestibulares. Sacrificamos noites e noites de sono com a dita cuja da faculdade (é, meus amigos, ninguém passa por ela intacto). Passamos várias horas a mais por dia em nosso ambiente de trabalho. Enchemos a nossa cabeça de responsabilidades, metas e sonhos. Colocamos todas as nossas expectativas nisso e marchamos rumo aos nossos objetivos.

Entretanto, muitas vezes, essa busca desenfreada por cumprir essas metas já estabelecidas faz com que não nos respeitemos. A gente, sem querer, passa por cima dos nossos limites e você sabe como? Não comemos como deveríamos. Perdemos boas noites de sono (e logo menos ganhamos algumas longas noites de insônia). Deixamos de passar um tempo com nossos familiares. Nos afastamos dos nossos amigos. Não frequentamos mais os lugares que nos faziam bem. “Não tenho tempo”, dizemos a eles. “Preciso terminar esse projeto ou não chegarei onde planejei”, dizemos a nós mesmos. A nossa vida vai passando. Perdemos momentos importantes com as pessoas que amamos e, no caminho, sacrificamos a nossa própria saúde mental.

Guys, isso é tão mais comum do que imaginamos. Em algum momento, todos nós perdemos um pouco do que somos em prol do que queremos e Jesus sabia que passaríamos por isso. Ele sempre soube que algumas fases da nossa vida exigiriam de nós mais empenho. Entretanto, Ele nunca quis que nos perdêssemos tanto para chegarmos lá, por isso que Cristo nos ensinou que há um tempo para todas as coisas. Acreditem, essa passagem na Bíblia não diz respeito apenas às coisas que precisamos esperar e não dependem de nós, mas ela está diretamente relacionada também com aquelas outras demandas do nosso dia a dia. Jesus nos ensina o respeito por nós mesmos e nossos limites.

Então, guys, acreditem, o mundo não vai entrar em epifania se não concluirmos todos os itens da nossa lista ou se não respondermos às demandas do trabalho depois do horário. Tá tudo bem usar um final de semana todinho apenas para assistir filmes ruins e ficar com a nossa família. Não há nada de errado em prezar boas noites de sono e uma alimentação decente. Aprendi recentemente com um dos príncipes do NIP que o autocuidado não é apenas estético, é mental e sentimental também, mas apenas conseguimos isso por meio do equilíbrio e do respeito por nós mesmos.