Um papo sobre escolhas
Hi, guys!
Quando mais nova, me perguntavam o que eu queria ser quando crescesse. Mesmo não sendo obrigada a realmente decidir alguma coisa, eu me sentia inclinada a falar. E lá ia uma criança feliz e obstinada, enchia a boca e soltava um “professora”, ou “pediatra”, ou ainda “secretária”. E, naquele momento, eu me sentia importante, afinal, qual criança não deseja, de fato, crescer, não é mesmo? Então, pequenas doses complexas no mundo dos adultos já eram recebidas com alegria.
O tempo passou e as escolhas começaram a ficar mais sérias. Não se tratava mais de uma criança sonhadora que não queria nada além do mundo todinho, ao invés disso, era uma adolescente introvertida e esperta, que começava a entender o trabalhão que dava querer o mundo.
Primeiro passo, o que faria da minha vida? Segundo, meu Deus, onde eu vou trabalhar? Terceiro, e os meus relacionamentos? Quarto, tudo isso junto com as pressões dessa fase “semi adulta”. As escolhas, dali pra frente, ecoariam por toda a minha vida. Ninguém ouviria mais de mim um “quero ser isso”, riria com vontade e viraria pra minha mãe falando: “mas que bonitinha!”. Não, amigos, as escolhas da adolescência são sérias e, geralmente, recebidas com muitas críticas pelos adultos. Sei lá, eu tenho a impressão que apenas querem nos testar, saber se estamos conscientes da gravidade desses passos.
E bom, começamos a seguir o caminho que nossas escolhas fizeram em direção ao mundo. Nesse estágio, as situações vão ficando cada vez mais complicadas e as decisões mais complexas. Não encontramos apenas algumas pedrinhas na estrada, inclusive, as mais coloridas mantemos guardadas nos bolsos, elas sempre nos inspiram algo, certo? Eu amo colecionar pedrinhas que feriram meus pés, mas que me ensinaram a não andar sem sapatos.
Mas, voltando a estrada, encontramos imensas árvores caídas, em que, em determinados momentos, precisamos contornar, em outros, só conseguimos passar por elas pulando-as. Em alguns pontos, somos recebidos por torós assustadores que nos fazem temer. Tememos pela nossa capacidade, pela vida de alguém, pela segurança ou pela estabilidade. Sabe aquele mau tempo que parece que nunca vai passar? Pois bem, cá estamos. Mas no dia seguinte vemos que, realmente, a tempestade tirou algumas coisas do lugar, arrancou outras e modificou levemente nosso terreno. But, olhando para o arco-íris que se forma depois, percebemos que podemos ajeitar a bagunça e, o que não der, conseguimos nos adaptar.
Em um ponto da estrada, queremos ser espertinhos, pegamos um atalho ou, simplesmente, paramos em algum lugar aparentemente legal e ficamos. Mas, ai que cagada, guys! Como queremos chegar ao mundo nos contentando com um lugar legal ou com atalhos?! Olha para o caminho, veja o que te espera e, véi, pense o quão feliz você ficará chegando lá. Não podemos parar, não devemos entrar por outras estradas.
E, cá entre nós, creio que estamos nesse estágio da vida. Os temidos vinte e poucos anos. Aquele momento em que ainda não chegamos lá, não somos a pessoa que sonhamos, não temos a estabilidade que almejamos e, definitivamente, não realizamos aquilo que tanto desejamos. Mas, constantemente, queremos baixar a âncora; nos contentar com uma pequena ilha quando temos um continente inteiro para explorar lá na frente, basta navegar um pouquinho mais.
Agora, pense em sua vida espiritual, acadêmica e profissional. Você realmente chegou onde sonhava? Não? Tudo bem, estamos todos no mesmo barquinho. Mas, tu concorda comigo que precisamos fazer mais do que contemplar o horizonte colhendo frutas da ilha, certo? Ao invés disso, vamos construindo nossos barquinhos, cada peça representando uma escolha, independente da área de nossa vida. Não vamos nos contentar com pausas em locais bacanas pela estrada ou ancorar em algum canto bonito no mar, sabemos o que queremos e chegaremos lá! Esse é nosso trato, tudo bem? Nos encontramos lá na frente! 🙂