Um papo sobre obras – Nas Garras da Graça I
Hi, guys!
Recentemente comecei a leitura de um livro chamado “Nas Garras da Graça”, do Max Lucado. E todo o contexto do livro me fez pensar e questionar muitas coisas, então talvez tenhamos mais publicações inspiradas nele por aqui.
Pois bem, uma das coisas que tem martelado na minha mente é em relação a todos os esforços feitos em prol da salvação.
Eu sempre fui uma pessoa extremamente ocupada na igreja. Precisavam de alguém para ensinar o grupo infantil? Opa! E para ensaiar o grupo de jovens? Estou aqui! Cantina? Já peguei meu caderninho! Limpar a igreja? Lá estava eu com a vassoura nas mãos! Sempre fui “pau para toda obra”, como dizem por aí. E isso configurou uma das etapas mais importantes para a formação do meu caráter cristão e fundamentação da minha fé em Jesus. Imaginem a minha surpresa quando, de repente, a Bíblia e meus amigos mais velhos, em nossos encontros, jogavam na roda que obras não eram o bastante. Pasmem! Ok, eu também fiquei chocada e ainda fico!
Tempos passaram e cá estou eu novamente remoendo esse ensinamento, e quanto mais eu penso, mais coisas o Espírito Santo vai desconstruindo. E “Nas Garras da Graça” reavivou isso em mim, esse sentimento de que nunca serei suficiente.
Apesar de parecer vitimismo, acreditem, não é! Quando começamos a entender o que o apóstolo Paulo quis dizer em Gálatas 2.21: “Não aniquilo a graça de Deus; porque, se a justiça provém da lei, segue-se que Cristo morreu em vão.”, passamos a compreender a dimensão da nossa dependência de Deus e o quanto Ele nos amou incondicionalmente. Nem você e, muito menos, eu fizemos algo para que o Pai nos amasse. E nunca faremos alguma coisa para que Ele nos ame mais ou menos. Não depende de nós, nunca dependeu e jamais dependerá. Ele simplesmente nos ama, nos reservou um futuro de salvação, por meio do sacrifício de Jesus e da dita cuja da graça, apesar de toda a bagunça que nos encontramos.
Pois bem, nesse ponto, Max Lucado nos apresenta duas parábolas sensacionais. A primeira, exemplifica o amor de Deus. A segunda, a graça do nosso Pai.
A primeira história é representada por quatro irmãos que desobedeceram o pai ao tocarem em um rio, como consequência foram arrastados pela correnteza. Ao chegarem em Terra estranha, depois de um tempo, cada irmão seguiu rumo diferente.
O primeiro, construiu morada em uma Terra que não era dele e adotou como família um povo que não o pertencia. O segundo, irado com o primeiro, montou guarita na sua porta, apontando todos os defeitos dele. O terceiro, decidiu por bem construir um caminho rio acima para encontrar o seu pai e lhe pedir perdão. E o quarto moço decidiu continuar na beira do rio esperando pelo socorro de seu pai. Até que um dia o irmão mais velho desceu o rio para levar seus entes para casa e o que encontrou foi a avareza do primeiro irmão, julgamentos e hipocrisia do segundo, e a auto suficiência do terceiro. Em contrapartida, o quarto irmão se alegrou e regozijou com a chegada do mais velho que o levou para a casa do Pai.
Gente, parem, pensem nessas histórias e nesses perfis de pessoas. Aposto que conhecem, pelo menos, um de cada! Tenho certeza que convivem com irmãos assim! Mas, já pararam para pensar que nós estamos propensos a sermos esses irmãos?!
O Pai sabe que caímos rio abaixo, sabe que estamos longe de casa, sabe que sentimos saudades, sabe que queremos voltar para o lar. Mas o Pai também sabe que jamais conseguiremos fazer isso sozinhos! E, cá está o grande amor do nosso Deus! Imaginem o rio representando o pecado. Todos nós caímos. Todos nós estamos longe. E, ainda assim, o Pai nos enviou alguém capaz de nos levar de volta. É tão simples e, ao mesmo tempo, tão profundo.
A segundo parábola, apesar do autor ter utilizado para abordar um outro tema, para mim é uma exemplificação fascinante a respeito da graça. Imaginem um torneio em que somos desafiados a tocar a Lua. Amigos, cá entre nós, eu mal consigo pular um muro! Vamos lá! Mas esse é o nosso destino, tocar a Lua e todos nós estamos tentando isso. Entretanto, é impossível. Não somos bons o suficiente. Nunca seremos. E, então, aqui entra a graça. Eu não mereço! Você não merece! Jamais mereceremos! Mas ela está aqui para nós por meio da nossa fé no sacrifício do Filho, a graça do Pai nos permite tocar na Lua.
Mais uma vez, muito simples, mas dolorosamente profundo. Quando enxergamos isso, vemos o quanto somos necessitados dEle. Não se trata apenas do pão de cada dia, do trabalho, de um curso ou da realização dos nossos sonhos. Não! Essas coisas são sim importantes e devemos sim deixar Deus guiar nossas vidas. Mas tem algo muito maior que jamais seremos capazes de fazer sozinhos: nos salvar!
É gratificante ser útil para a obra do Senhor. Faz bem ao coração, alma e ao nosso relacionamento com o Pai, mas não use obras como mantra para salvação. Elas nunca foram, meus amigos! Tudo depende dEle e meu coração é tão mais leve depois que realmente entendeu isso!
2 Comentários
Adna Oliveira
E a minha grande amiga sempre arrasa e me deixa cada dia mais encantada
Ah Day que texto maravilhoso …Meu Deus !
Quão grande é o nosso Deus e as obras de suas mãos
Depois da leitura dessa maravilha que você escreveu a minha fé nele se fortalece mais uma vez
Continue assim Amiga !
O tempo,a distancia pode até nos afastar…mas continuo te admiro a cada dia
Amo vc❤❤
Dayanne Dinisio
Deus é muito bom comigo e eu consigo ver isso principalmente com as pessoas que Ele coloca ao meu lado! ❤