
Um papo sobre as “UNIS” da vida
Hi, guys!
O objetivo do texto de hoje não é ajudar vocês a escolherem o melhor curso ou a faculdade mais adequada. Não, por enquanto não. Na verdade, é só mais uma problematização muito frequente, principalmente na vida dos universitários.
Quando você entra em uma faculdade, seja ela qual for, passa a usar o nome daquela instituição nos seus documentos profissionais, acadêmicos e até na vida pessoal. O seu currículo sabe onde você estuda, o Facebook mostra para os seus amigos e o Linkedin te cria conexões com base em pessoas que também fizeram curso ali.
Mas, diante de todo esse emaranhado, algo que, infelizmente, é muito comum e, sempre que acontece, me incomoda horrores, é a pejoração do indivíduo em prol da instituição. Ou seja, em diversos ambientes sociais, as pessoas são classificadas e julgadas não pelo que sabem ou o que representam, mas por onde estudam.
E, nisso, temos dois problemas: o mercado e os colegas de profissão. Já perdi a conta de quantas vezes ouvi relatos de pessoas que foram desclassificadas de um processo seletivo apenas (veja bem, apenas) porque não estudavam em uma faculdade considerada apropriada para os selecionadores.
Ou quantas vezes surgiram piadinhas com alunos de determinadas universidades, sejam elas públicas ou as unis-da-vida, em uma conversa um pouco mais informal. Isso, de modo geral, parece inocente, mas não é.
Quanto mais conversamos, classificamos e fazemos piadas, mais contribuímos para que os rótulos sejam levantados, colocados e fixados.
Além disso, quando classificamos um profissional ou ser humano baseado apenas na instituição que estudou, caímos em uma cilada perigosa (isso sim é cilada, Bino).
Carrego no meu coração uma frase que quase todos os meus professores repetiram no primeiro ano de faculdade “quem faz a universidade é o aluno”.
Cá entre nós, eu já tinha escutado isso antes, sim, eu estudei em escola pública, qual a chance desse discurso não aparecer uma hora ou outra? haha. Mas, o mais surreal, é que isso é muito verdade. Não vou fazer comparações aqui, porém, observe, vai perceber que, no fundo, nossos professores são muito sábios.
A grande cilada que o Bino deve fugir nessa história é simples: a do julgar antes de se dar o trabalho de conhecer. Isso não vale apenas para nós, como colegas de profissão, mas vale também para o mercado.
Potencial, competência e talento jamais poderão ser medidos por uma instituição, da mesma forma que a grade curricular perfeita não é sinal de sucesso na vida.
Vamos dar oportunidades para as pessoas, deixar que elas mostrem para o que veio, independentemente do rótulo que carregam, pois, acreditem em mim, no fim das contas ele não quer dizer muita coisa.

